sábado, 18 de junho de 2011

A Educação moderna e o capitalismo monopolista

A NOVA EDUCAÇÃO

 A Nova Educação caracteriza-se pelo reconhecimento por parte da burguesia, de que apesar de seus ideais humanitários, não deu a todos uma educação igualitária. Alguns ainda “se atrevem” a negar essa situação, alegando que os proletários os quais “não sobem na vida” são incapazes. Aí se mostra o que o ensino, nessa educação, visa: a formação de burgueses. Com a intençãode dar o mesmo ensino a todos, a escola como que “dá oportunidades” para que o proletário se torne burguês (Ponce, pg. 158). A nova educação se divide em duas correntes: doutrinária- uma moderna pedagogia da essência, que procura formar o homem como humano -  e metodológica – uma moderna pedagogia da existência, que visa a formação da criança por um ensino técnico.
Outra educação moderna é a do proletariado, que defende a idéia de que a educação até hoje, através da história, foi instrumento de controle das classes dominantes, portanto nada mais justo que uma escola voltada aos interesses do proletariado (Ponce, pg.175).
 Podem ser incluídos na corrente metodológica Pestalozzi e Comênio. O primeiro com a educação de crianças no trabalho, em sua própria casa e o segundo com sua “Didática magna” e métodos para agilizar o ensino (época da manufatura). Mais tarde, com estudos mais elaborados, formaram “nova didática” Decroly, Montessori, Dewey, Cleparède, Cousinet (época do capitalismo imperialista - Ponce, pg. 162).
A burguesia encontrou um novo aliado para o controle do proletariado, já que se encontrava enfraquecida: a Igreja. Como seus ideais não foram cumpridos, o de igualdade principalmente, a Igreja e seus dogmas era o que poderia controlar a classe trabalhadora e torná-los ‘mansos’. Assim, ressurgia a Pedagogia da Essência. Dois autores foram J. Maritain e Mountier.
A educação doutrinária, essa nova pedagogia da essência, ajudava a preparar terreno para o nacionalismo, facismo, nazismo, pois aceiando-se a ordem vigente, era mais fácil controlar a população (positivismo). Gentile foi um autor dessa corrente.
O contexto histórico percebido, portanto, é o fortalecimento da classe operária, por sua união nas fábricas, e sua preparação, como nas escolas da Rússia, para uma sociedade sem classes (comunismo). Ao mesmo tempo, a corrente Doutrinária (nova pedagogia da essência) prepara-se para ‘combater’ essa luta, com uma educação de um homem ‘manso’ que aceite a ordem então vigente. Assim, pela implantação do positivismo, nacionalismo se preparava o terreno para o facismo, nazismo.
Para Ponce, as perspectivas que se abrem para a sociedade são a da busca por uma sociedade sem classes, pois ele acredita que, diferentemente do que pensa a classe média, os pequenos burgueses, a educação só mudará quando a sociedade mudar. Pois desde que a sociedade se dividiu em classes, há controle de uma classe sobre o Estado, conseqüentemente sobre a educação.
Para Suchodolski, para ‘juntar’ as duas pedagogias, só visando a educação no futuro, acreditando que o presente é importante (Existência), mas para que possamos olhar para ele e possamos melhorá-lo, criando uma sociedade que nunca foi possível, através da história (sociedade ideal – Essência).

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