sábado, 18 de junho de 2011

A educação moderna e o capitalismo concorrencial

Período das Revoluções Industrial e Francesa ao século XIX.

Nesse contexto, já se percebe que a burguesia não cumpre com seus IDEAIS DA REVOLUÇÃO que derrubou o feudalismo. Defendendo seus "ideais universais", sua intenção era apenas chegar ao poder e controlar a sociedade.

Assim, a classe baixa apenas "mudou de senhor": de SENHOR FEUDAL para PROPRIETÁRIO BURGUÊS. A noção de PROPRIEDADE, portanto, continua presente e é o que mantém a DIVISÃO DE CLASSES.O membros da classe inferior passaram de SERVOS para PROLETÁRIOS.

A educação, como instrumento do Estado, continua sendo, portanto, diferenciada.

[Marx: a sociedade sempre está em função de uma única classe dominante.
Nesse caso, a classe é a burguesia.]

Muito notável nas correntes pedagógicas é a HIPOCRISIA dessa burguesia, que tentava disfarçar sua intenção de controlar a sociedade.

A Pedagogia em destaque era a Pedagogia da Existência.
A educação estava "voltada ao homem", mas de duas maneiras diferentes: a educação para a burguesia, para formar CAPITALISTAS  e a educação para o proletariado, cada vaz mais técnica, inclusive exigindo MATERIAL DIDÁTICO, para que fosse dado a educação nessessária para o trabalho, no MENOR TEMPO POSSÍVEL!
Alguns autores:

BASEDOW:
Educação (para burgueses) deveria formar "cidadão do mundo".
Educação do proletariado: metade do tempo da educação da classe alta. No restante do tempo deveriam praticar trabalhos manuais.

FILANGIERI:
Mesma ideia de Basedow sobre o tempo da educação. Criançar deveriam ser educadas segundo o seu destino.
Escola deve ser universal, mas com diferenciação na educação (????).

MIRABEAU: contra ensino gratuito, que igualaria a burguesia às classes inferiores.

CONDORCET:
-Filósofo da Revolução Francesa

-Mostrar o progresso da razão e das ciências
-Direito do Estado de controlar a educação e de instruir (pelas ciências naturais - e não de educar, religiosa ou filosoficamente)
-Ensino de técnicas e diferentes opiniões
-Ensino primário controlado pelo Estado, ensino superior independente
-Escola primária gratuita (obs.: as crianças pobres trabalhavam na época. Como freqüentariam as escolas?) - Mesmo assim, quem estudava nelas era de classe superior.

PESTALOZZI:

 Acolhia crianças pobres para educá-las no trabalho.
 
 Guiava-as para que encontrassem meios de subsistência ao deixarem a infância.
Não acreditava na mudança de ordem social.
Educação diferenciada para crianças do internato no qual lecionava.
Desenvolver crianças de acordo com seus dons, possibilidades e esperiência de mundo 


Pestalozzi
 OBS.: quanto a imagem de Pestalozzi, como quanto a imagem da educação, pode-se diferenciar a visão dos autores Ponce e Suchodolski. Ponce o coloca visivelmente como HIPÓCRITA, como um FILANTROPO burguês. Suchodolski, colocando-o  apenas como representante da Pedagogia da Existência, mantém a imagem que se têm dessa figura histórica: uma imagem positiva, de alguém solidário.

 




HERBART:
Educação esperimental (científica) relacionada ao divino: resultados como providência divina (catolicismo).
Defendia educação religiosa na primeira infância, e por ela, a educação moral.
(Pode ser um esemplo de Existencialização da Pedagogia da Essência, categoria citada por Suchodolski no capítulo XIII).
 SPENCER:
Teoria da evolução nas sociedades.
Educação deve acompanhar desenvolvimento, revelando necessidades do presente.
Contra conservadorismo: ensino inútilEducação: instrumento de luta pela vida.
Assistencia social e instrução obrigatória: prejudiciais.
Não se “aproximava” da criança, mas da vida social*
 

*Por essa característica de Spencer, é possivel perceber a separação da Pedagogia da Existência em duas:
Existência individual: outros pedagogos, que seguiam que a a criança INDIVIDUAL era o foco da educação
E Existência coletiva: Spence, que defendia a educação de crianças em nome da vida SOCIAL que terão.

DEWEY:
 Relação do desenvolvimento da criança com educação posterior
Educação deve organizar a experiência das crianças
Desenvolvimento dessas experiências deve formar a moral
Filosofia evolucionista: toda realidade em processo de evolução
Sem ideais: mudança como realidade única
Programa de ensino: curso das experiências intelectuais da criança (não mais escolha das matérias).
Verdadeira formação do espírito: reflexões, ideias e dúvidas surgidas nas observações práticas.

BERGSON:
 Noção diferenciada da evolução, mais contrastante com a Pedagogia da Essência
Evolução não é uma “caminhada em direção a um objetivo”
Sentido da educação (desenvolvimento e atividade da criança) deriva dela mesma, não tem objetivo
“Impulso vital”
Ato educativo não se repete.
A Educação, portanto, como a pedagogia da Existência, desenvolveram-se segundo os interesses do capitalismo.

NO CAPITALISMO, para Ponce,  A IGUALDADE DA EDUCAÇÃO NÃO É POSSÍVEL, se ainda existe a noção de propriedade e com a EDUCAÇÃO, desde a divisão de classes, sendo um INSTRUMENTO DO ESTADO!




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