quarta-feira, 15 de junho de 2011

Educação do homem antigo - Roma

O modo de produção em Roma, nos últimos séculos antes de Cristo e nos primeiros séculos depois de Cristo, se transformava. Da agricultura se passava para o comércio, portando uma nova classe social aí surgia. Nos primeiros tempos da República, ainda se trabalhava no campo, e os proprietários trabalhavam juntamente com os escravos. a "VELHA EDUCAÇÃO" em Roma, portanto, era semelhante à primitiva: pela observação e prática. A agricultura era a base da sociedade, portanto a educação só podia ter ela como objetivo.
Agricultura - Roma

"Aos vinte anos, o jovem nobre, que já sabia arar a terra e já havia assistido a algumas batalhas no exército e no Senado, estava pronto para a vida pública." (Ponce, capítulo III).
Por essa citação se nota que além da agricultura, o jovem romano, um pouco instruído por um escravo letrado, já pode "frequentar a sociedade", e aplicar o que aprendeu pela observação.

Porém, mais tarde se percebeu a necessidade de uma NOVA EDUCAÇÃO (a partir do século IV a.C.) A nova classe comerciante que surgia, "Achando insuficiente a educação ministrada até então aos nobres, começaram a exigir nova educação" (Ponce).


Educação hierarquizada:
Surgiram então os ludimagister, professores primários, geralmente antigos escravos, que "vendiam"  sua educação ("escolas particulares"), como se fossem comerciantes.No ensino médio haviam os gramáticos e no superior, os retores. Esses foram cada vez mais reconhecidos pelo estado até se tornarem funcionários públicos, enquanto que os ludimagister continuavam sem apoio.

Para estudar no ensino médio, deveria se ter uma educação básica, Portanto os que não podiam PAGAR, não estudavam o nível básico, portanto se tornavam estudantes superiores. NOVAMENTE, a educação está à serviço da classe superior. Os que se formavam estudantes superiores, se formavam para serem POLÍTICOS, pois, como em Atenas, em roma a ORATÓRIA era muito desenvolvida. Os políticos defendiam o Estado e seus interesses, convencendo a população e mantendo os controladores no poder.


Aí se percebe, NOVAMENTE, que a educação era para os ricos, já que apenas esses chegavam a ter estudo superior e se tornar governante.

Aparecem também nesse contexto os CENSORES.  Estes vigiavam a educação privada, que não era, portanto, totalmente livre. Aí o Estado controlava ATÉ a educação que, supostamente, não estava sob seu controle.


Ponce compara os professores a militares: "O corpo de professores é um regimento que defende, como o militar, os interesses do Estado".  E também como os militares que "reduzem inimigos fora de Roma", os educadores "quebram rebeldes dentro de Roma".



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